O TEMPO E A EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

19 de setembro, 2025
Foto Dani Neves - Seminário a Hora e a Vez da Ean70

Por Ligia Amparo-Santos1

Boa tarde a todas as pessoas aqui presentes2, gostaria de agradecer ao convite para participar deste evento, que significa para mim um espaço de compartilhamento de reflexões, saberes e fazeres sobre a Educação Alimentar e Nutricional em tempos de tantas turbulências. Considero ainda mais relevante pois, nestes tempos turbulentos e vertiginosos, a EAN emerge como um dispositivo com congrega um outro tempo, um tempo relacionado a tempo do aprender e este nem sempre é capaz de responder as urgências dos problemas que nos afligem. 

O aprender se concebe muito mais nas tessituras das micropolíticas, produzindo insurgências nos interstícios da vida e que, por seu turno, devem se fundar no hoje, na hora e na vez da EAN, como se intitula este evento, para produção de outros futuros. Futuros estes que promovam conexões entre comida-corpo-território de um modo mais digno. 

O título A Hora e a Vez da EAN me instigou a refletir sobre o tempo. Face a isso, permitam-me um breve preambulo para refletir um pouco sobre isso. De súbito, me veio à mente uma publicação quase que ontológica no campo da EAN que é o artigo Educação Nutricional: presente, passado e futuro de Maria Cristina Boog, na Revista da PUCCAMP em 19973. Este foi um texto emblemático no qual a autora afirma a então ainda denominara Educação Nutricional enquanto importante estratégia de ação em Saúde Pública, lembrando ainda que se tratava de uma disciplina obrigatória nos cursos de Nutrição e fazia parte das ações do nutricionista em todos os campos de atuação, como é até os dias atuais. Assim, ela irá percorrer a sua história a partir de documentos internacionais da OMS, OPAS, com o intuito de “propor desafios para os especialistas na área e nutricionistas em geral visando ao desenvolvimento futuro desta área de conhecimento, em benefício da sociedade”.

Em suma, trata-se de uma publicação por demais conhecida no campo dos estudiosos e praticantes de EAN, mas aqui eu rememoro tão somente para destacar a atenção que me chamou neste momento o subtítulo – presente, passado e futuro.  Fiquei a refletir sobre qual era o imaginário de futuro para a EAN a quase 30 anos atrás, quais aspectos desta fabulação que concretizamos, quais revisitamos e aquelas que ainda precisamos revisitar, como ainda aquelas nem sequer foram possíveis de sonhar. 

Esse texto me inspirou em outro momento da história, já em 2005, ou seja oito anos após, quando publiquei, também na Revista de Nutrição, um artigo intitulado “Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis”4, no qual revisitei documentos das políticas públicas de alimentação e nutrição que estavam sendo elaborados e publicados no Brasil neste período para concluir que a EAN “estava em todos os lugares e, ao mesmo tempo, não estava em lugar nenhum”. Em outras palavras, era muito citada nos documentos algo do tipo “é preciso fazer EAN”, entretanto, as bases epistemológicas, teóricas e práticas em que elas consistiriam eram pouco exploradas. 

Aqui já estou no tempo da constituição das políticas públicas de alimentação e nutrição, como a PNAN. Já estamos vislumbrando outros projetos de futuro nos quais os governos de esquerda empreenderam políticas de combate à fome e à pobreza, em defesa da soberania e da garantia da segurança alimentar e nutricional. Tempos em que os sonhos de “um mundo sem fome” estavam sendo grafados em ações e sendo inscritas nos papéis, nas mentes e nas práticas. No campo específico da EAN culminou na publicação no Marco de Referência em EAN para políticas públicas5, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Este concretiza parte dos sonhos – alguns ainda como quase devaneios. O “Marco”, como é popularmente denominado, pareceu nos ofertar uma espécie de bússola6 para produzir outros futuros, com outros modos de fazer e importantes consequências foram produzidas, como por exemplo o projeto Ideias na Mesa, Editais de pesquisa específicos para a EAN7

Entretanto, quando já estávamos quase acreditando que o tempo de fazer as coisas acontecerem já estavam “em nossas mãos”, quando tivemos a oportunidade de sonhar, sem medo de ser feliz, com esse “mundo sem fome”, expressado com o comer digno já instituído constitucionalmente como um direito humano, uma inflexão no curso da nossa história interrompe as nossas utopias. O ascenso da extrema direita e os consequentes retrocessos das políticas sociais, a investida radical do neoliberalismo, uma espécie de “Democracia em Vertigem” ou um “Apocalipse dos Trópicos”8, somando-se a emergência de um Colapso Climático, intensificado por um tempo interceptado pela Pandemia de Covid 19 que nos fez solicitar “parar o tempo”, redimensiona os projetos do presente e do futuro. 

A pandemia, por exemplo, reconfigurou radicalmente as nossas vidas, o nosso modo de pensar o tempo, a relação dos nossos corpos com o território e como habitamos o mundo. A experiência pandêmica produziu marcas em nossas vidas atravessadas por um vírus indomável, cujos efeitos insistimos em esquecer, mas que nos persegue como um fantasma. 

Vivemos tempos nos quais aos nossos corpos estão impregnados com mais intensidade de sofisticação por um modo de viver quase bélico, referenciado pelos ideais de progresso, da eficiência, eficácia, o mito do produtivismo capitalista tentando invisibilizar que esta é a chave oracular do problema. Alguns de nós, talvez mais atentos ou mais tomados pela vertigem do tempo acelerado que não nos permite conseguir organizar o que nos passava, voltaram a atenção de nossos corpos, ampliando os olhos e ouvidos para múltiplas vozes que já por muito tempo ecoavam sobre o futuro do planeta. Ambientalistas, pensadoras e pensadores indígenas, quilombolas e as cosmologias afrocentradas, outras epistemologias compuseram um fecundo mosaico para compor o que anunciou o congresso em que estive participando na semana atrás, a XV Reunião de Antropologia do Mercosul, que ocorreu em Salvador que se intitulou Retomar o Futuro

Na sociedade moderna, nos acostumados a lidar com o tempo dentro de um ordenamento cronológico delimitado entre o passado presente e futuro. A modernidade enclausurou o tempo recorrendo a tecnologias modernas que buscaram mensurá-lo, no qual relógio pode ser considerado uma das ferramentas mais simbólicas. Medimos o tempo e seus ritmos em segundos, minutos, horas, e daí se sucedem os dias, as semanas, os meses, registrados em calendários, agendas analógicas ou digitais… Em nossas vidas cotidianas, parece que nada escapa à concretização em medidas da invisibilidade do tempo: o tempo do trabalho, o tempo do descanso, o tempo do comer, o tempo de dormir, o tempo da infância, da adolescência, da vida adulta da velhice, o tempo de morrer. Enclausurou-se o tempo de viver…

No tempo do comer tecnificado, medido em calorias para um corpo ritmado pelo metabolismo, orientado pelo relógio biológico, ciclos circadianos prevalecem. Nesta luta pelo tempo de viver, o tempo do comer, do cuidar de si são cada vez mais encurtados e profundamente controlados para serem otimizados. Interessa uma curta atividade física que seja mais eficiente para emagrecer para “não perder tempo” na academia, interessa uma receita que seja prática, rápida de fazer e altamente nutritivo, ou comer a comida pronta para “não perder tempo” com a cozinha… Em síntese, tempos subjetivados radicalmente à lógica econômica do capitalismo em uma era neoliberal nas entranhas mais minuciosas, nas mais íntimas de nossas vidas… 

Entretanto, esta não é a única maneira de interpretarmos e percebemos o tempo. É preciso reconhecer que esta medição da passagem do tempo não é universal, são construções culturais. Nobert Elias profere que o tempo não existe em si, são símbolos culturais que interiorizamos9. Nós sentimos o tempo, experimentamos subjetivamente o passado, o presente e o futuro de múltiplas formas. Experimentamos múltiplos tempos que burlam a noção cronológica de passado, presente e futuro. Então, como estamos lidando com o tempo das coisas? O tempo da vida?…

Lígia durante fala no Seminário a Hora e a Vez da EAN. Foto: Dani Neves.

Então, por que estou nesta digressão longa sobre o tempo? Estou fazendo um convite para um “fazer EAN” que convoque outros tempos como o tempo Kairós, no qual retomemos o passado, não de modo saudosista e romantizado como se fosse retornar ao Éden que a modernidade reconfigurou, mas para nos inspirar na produção de outros futuros, antever outras saídas, estabelecer novas perguntas.  É justamente para evocar que a educação também tem o seu próprio tempo, ou melhor convive com múltiplos tempos para fabular o que há de mais precioso em nossos futuros.   

A trajetória da EAN nos remete ao tempo, mas não a um tempo circular no qual retomar o futuro é potencializar um passado, cujo fundamento nos convoca a pensar o alimento e os tempos da natureza. Há um desafio para o campo da alimentação e da nutrição, com políticas públicas que se reduzem a pensar nos meios para tão somente mitigar os efeitos ambientais na alimentação humana, mas como a produção da alimentação humana, pensada sob uma perspectiva essencialmente antropocêntrica, está no cerne da eminência do colapso ambiental. 

Logo, o fazer EAN exige convivência com o tempo das coisas. Aqui também evoco a EAN e o tempo da natureza. O ideário do desenvolvimento e da produtividade ofusca o tempo das coisas em um mundo veloz. É preciso reconectar com o tempo do plantio, da espera, da colheita, da cozinha, e do comer, da digestão, do cuidado e o tempo dos nossos corpos, torturados e massacrados pela avalanche do capital. Isso pode parecer algo que expresse um certo tom “romantizado”, face à brutalidade dos tempos atuais, mas não, é preciso revisitarmos ainda o que estamos chamando aqui de Natureza. Não se trata daquela harmônica forjada pela ciência que a separou da cultura. A Natureza sempre comportou a desordem e o caos, e as incertezas, não na dimensão de hoje com as interferências do capitaloceno – ou plantationoceno. Aqui me refiro também à natureza que nos atravessa, que nos constitui, que nos intercepta nesta noção de corpo-território. 

Para pensar o futuro que queremos construir no campo da EAN é fundante pensar no futuro do planeta, e no que o colapso ambiental nos mobiliza. Assim, para situarmos o futuro da EAN, é fundante resituarmos o humano e as suas relações com o planeta. Há uma tarefa de “descentrar o humano” e reconfigurar a relação ao cosmos no qual as ameaças globais nos tem instado a esta altura do Antropoceno. Afinal de contas, quem nos credenciou a esta condição de excepcionalidade do humano, conferindo este lugar de superioridade frente aos demais viventes do planeta, a ponto de declamar uma profunda distinção entre “nós” e “outros”? Quem nos autorizou a transformar o planeta em objeto à nossa inteira disposição sob jugo do império do humano? E a quem tem sido historicamente “enquadrado” nesta categoria de humano? 

Nesta esteira, pensar em uma alimentação saudável, neste devir, não é pensar em um sistema alimentar que beneficie apenas os humanos, melhor dito, que supostamente beneficie, uma vez que a nossa existência sempre foi condicionada às demais formas de vida. Não existe o humano sem o não humano e sem o seu território, somos também parte do território. Melhor dito ainda, o suposto benefício daqueles que se proclamaram mais humanos do que outros desprovidos das condições de dignidade, cito, mulheres, populações negras e quilombolas, ribeirinhas, povos das águas e das florestas, indígenas…e tantos outros à margem desta alcunha de “humanidade”. Trato aqui de uma elite de humanos que subjugam tanto outros humanos como outros seres viventes, os “não humanos”. 

Este futuro aqui evocado só seria possível a partir do reconhecimento da coexistência e interdepedência dos viventes, que prime por uma horizontalidade e deferência à vida plural10. Assim, pensar alimentação saudável só fará sentido se for em prol da vida planetária e não tão somente da vida humana. A comida seria uma actante, no dizer de Bruno Latour, uma entidade viva que não é consumida por nós, ela nos atravessa, atravessa os nossos corpos de passagem, em um contínuo fluxo da vida. É o viver junto entreviver no dizer do antropólogo Stelio Marras citado anteriormente. Neste artigo publicado em 2018, que muito me inspirou nesta reflexão aqui junto com outros autores, concebe que o futuro próximo e distante só pode ser imaginado na nossa instalação nos “entres”, seja para resistir, para morrer com dignidade diante da ameaça do final de mundo, seja para refazer um outro mundo possível. 

Assim, a vida segue o fluxo de tempos múltiplos, próprios nos quais a nossa ciência insiste em controlá-los, subjugando-os, seja o tempo do plantio, o tempo da colheita, o tempo da cozinha, o tempo do comer, e absolutamente tudo tem como destino se tornar cada vez mais tecnificado e mercantilizado, apropriado pelo capital de modo que, não há tempo e espaço para o comer nas nossas vidas como nos chamou a atenção alude Claude Fischler11. Nossas práticas se tornaram cada vez mais submetidas ao controle do capital. Nos desapropriaram, ao menos tentam insistentemente, dos nossos tempos e com ele da nossa própria capacidade de sonhar com o futuro. Tentam nos desapropriar da experiência do tempo de comer, conviver e coexistir com os outros – humanos e mais-que-humanos. Os nossos sentidos do comer se esvaem com a homogeneidade do gosto. Querem nos fazer acreditar que a comida do futuro será cada vez mais produzida no laboratório, apropriam-se do veganismo trazendo a sua versão mercadológica, dos insetos, dos micróbios e a ponto de proferir o fim da era da comida produzida pela terra. 

A produção do mundo da alimentação saudável se dá em conexão com o tempo, o comer de hoje resultou do plantio de ontem impulsionando vidas para o plantio do amanhã. O cuidado alimentar e nutricional está intrinsecamente imbricado com o cuidado com a terra, com o território, com os produtores, comerciantes, cozinheiras, com os coletores de lixo. O comer sempre será um ato coletivo, imbricado em uma rede, pois não se come só. A nossa comida traz marcada o suor de quem a produziu, o solo na qual foi plantada. Nesta esteira que compreendo o comer como um ato político, quando entendo a produção do saudável só pode ser saudável se toda a trama que envolve este ato passa pelos mesmos crivos. Uma comida saudável alimenta dignamente quem a plantou e cuida do solo em que frutificou, não mancha o alimento de sangue e lágrimas da opressão dos povos…

Participantes do Seminário a Hora e a Vez da EAN. Foto: Dani Neves.

Nesta talvez longa exposição de ideias e de devaneios imagéticos de “outros mundos possíveis”, não é possível imaginar uma educação alimentar e nutricional que diz respeito à urgência de revolucionar o tempo das coisas. A EAN do futuro precisa ser revolucionária, insurgente e que não se satisfaça tão somente em adaptar-nos aos modos de produção capitalista em uma arquitetura da acomodação, submissa, cordata que impõe aos nossos corpos ao choro solitário transbordado na eclosão que ecoa do sofrimento do viver. 

A EAN do futuro precisa expandir os horizontes da promoção do saudável do humano, mas que seja para além do humano. Uma comida que não é saudável para o planeta, não é saudável para mais ninguém. Uma EAN que também se ocupe de fazer da comida e do alimento como mediadores destes processos de luta, que se ocupe de sacarmos de nossas mesas aquela comida que desmata as florestas, chega manchadas\ de sangue dos corpos expropriados e famintos, que provoca o genocídio dos povos originários. Esta comida não nos serve nestes outros futuros, quiça do nosso presente… 

Mas para a EAN do futuro e do hoje, não cabe tão somente “prescrever” esta comida dos entres como uma dieta. A construção do mundo cabe conversar e coletivamente conferir o sentido da comida na existência humana. Que recuperemos a coragem de sonhar e imaginar outros mundos possíveis, em que justiça social e ambiental, direitos humanos e direitos da natureza estejam entrelaçados assim como nós, juntos, juntas e juntes rumo ao futuro como o nosso maior dispositivo de luta: o comer, que a partir desta reflexão, não é somente um ato político e sim cosmopolítico. Sigamos o fluxo do tempo sem medo de ser feliz…

***

Por fim, A hora e a vez da EAN me remetem ao presente que porta o passado e o futuro em uma dimensão circular do tempo, pois o começo o meio e o começo, como nos diz Nego Bispo: 

“Nós somos o começo, o meio e o começo. Existiremos sempre, sorrindo nas tristezas para festejar a vinda das alegrias. Nossas trajetórias nos movem, nossa ancestralidade nos guia.” (Mestre Antônio Bispo dos Santos)

Finalizo ainda mencionando que, na ocasião da Flip12 deste ano, 2025, vi uma breve postagem da ministra Marina Silva, na qual ela citou como uma das obras a que marcaram foi Depois do Futuro, de Franco Berardi13, na qual, na sua interpretação o autor evoca que já estamos vivendo o futuro, e que o futuro é o pretexto para o fazer o agora. Tal perspectiva sedimenta, a meu ver, a evocação deste encontro “a hora e a vez de EAN”.

Assista a fala na íntegra, no YouTube


  1. Ligia Amparo-Santos é professora Titular da Escola de Nutrição da UFBA (ENUFBA) e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde (PPGANS/ENUFBA).
    ↩︎
  2. Texto da apresentação na mesa intitulada MESA 1 – EAN na prática: trajetórias, fundamentos e diálogos no O Seminário “A Hora e a Vez da EAN. São Paulo, 11 de agosto de 2025. ↩︎
  3.  Boog MCF. Educação nutricional: passado, presente e futuro. Rev Nutr. 1997; 10(1):5-19 ↩︎
  4. SANTOS, L. A. DA S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição, v. 18, n. 5, p. 681–692, set. 2005.  ↩︎
  5.  BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas públicas Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012. ↩︎
  6. AMPARO-SANTOS, L. Avanços e desdobramentos do marco de referência da educação alimentar e nutricional para políticas públicas no âmbito da universidade e para os aspectos culturais da alimentação. Revista de Nutrição, v. 26, n. 5, p. 595–600, set. 2013. ↩︎
  7.  Chamada CNPq/MDS-SESAN N. º 027/2012 – EAN   Seleção pública de projetos de promoção do desenvolvimento científico e tecnológico e inovação em Educação Alimentar e Nutricional -EAN. ↩︎
  8.  Referência a dois documentários dirigidos pela cineasta Petra Costa, que discutem estes momentos políticos da democracia brasileira: Democracia em Vertigem, 2019; Apocalipse nos Trópicos é Brasil, 2024.  ↩︎
  9.  ELIAS, Norbert. Sobre o Tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. 168 p. Tradução de Vera Ribeiro.  ↩︎
  10.  MARRAS, S. Por uma antropologia do entre: reflexões sobre um novo e urgente descentramento do humano. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 69, p. 250–266, jan. 2018.  ↩︎
  11.  FISCHLER, C.L'(H)omnivore. Paris: Odile Jacob, 1990. ↩︎
  12.  A Festa Literária Internacional de Paraty. ↩︎
  13.  Berardi, F. Depois do futuro. São Paulo, Ubu Editora, 2020.  ↩︎

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