Infância na mesa: como escapar dos ultraprocessados?

29 de outubro, 2025
Dani Neves (20)

Por Suzana Prizendt. Originalmente publicado no site Outras Palavras.

Há algumas poucas décadas, ali pelos anos 80, o sonho de meninos e meninas — seja no aniversário ou no Natal — era ganhar uma bicicleta. Até Silvio Santos tinha a chamada “magrela” como prêmio máximo nos jogos de seu programa de auditório infantil, o “Domingo no Parque”. Sim, a molecada queria mais era sair pedalando por aí!

Gradualmente, os videogames foram ganhando espaço nessa lista dos desejos infantis, conectando o cérebro das crianças com um aparelho que não exigia esforço físico praticamente nenhum. Mas, apesar de não envolver o corpo nem estimular a capacidade de inventar — já que para utilizá-los era só seguir o que aparecia na tela —, eles ainda poderiam ser classificados como brinquedos. 

Só que o que veio na sequência (substituindo os antigos e desengonçados consoles nas cartinhas com pedidos para o Papai Noel), dificilmente pode ser encaixado nessa categoria, embora permita joguinhos online. Estamos falando dos aparelhos celulares “inteligentes”, os tais smartphones, sonho de consumo de meninas e meninos, que parecem ficar hipnotizados ao contato com as pequenas telas luminosas e ter acesso aos seus poderes mágicos de abrir portais no tempo e no espaço.

Quem convive com crianças sabe bem como muitas delas simplesmente vão se apropriar do celular de uma pessoa adulta, caso dê bobeira. Segundo a pesquisa Crianças e adolescentes com smartphones no Brasil (feita pela Mobile Time, em setembro deste ano de 2025), a média de tempo que uma criança brasileira da faixa etária de zero a três anos passa junto a um desses dispositivos corresponde a cerca de uma hora e meia ao dia! Esse número vai aumentando conforme a idade aumenta e chega a quase quatro horas na faixa etária de 13 a 16 anos. O mesmo estudo verificou que é na faixa de 10 anos que brasileirinhos e brasileirinhas ganham seu primeiro smartphone.

Os motivos para mães e pais cederem ao assédio da criançada são extensos, mas basta dizer que elas parecem se acalmar magicamente quando pegam o aparelho na mão e mergulham em seu universo pixelado. Já as consequências desse uso precoce — lembrando que a recomendação é evitar a interação de crianças pequenas com as telas eletrônicas — são imprevisíveis, dado que são corpos e mentes em desenvolvimento e tudo isso é muito recente. Mas, sim, elas já se insinuam, e são bastante preocupantes, como veremos mais à frente deste artigo.

Leia o texto na íntegra, no site Outras Palavras.


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