No dia 26 de agosto de 2025, teve início mais um ciclo formativo do programa Cozinhas & Infâncias em São Paulo. O encontro reuniu 40 educadores da rede pública municipal, dando continuidade ao trabalho de formação em educação alimentar que já impactou cerca de 100 mil crianças.
O programa, que anteriormente se concentrava na educação infantil, expandiu sua atuação em 2025, para incluir também o ensino fundamental. Com essa ampliação, a expectativa é envolver educadores de mais de 600 escolas e alcançar potencialmente 150 mil crianças.
“A formação deste segundo semestre conta com sete módulos. Agora vamos até o final do ano, rumo às Escolas Comestíveis!”, celebra Erika Fischer, co-fundadora do Instituto Comida e Cultura.
Primeiro encontro combina teoria e prática

Durante a aula inaugural, os participantes conheceram a história da comida e sua relação com o processo evolutivo da humanidade. O grupo também preparou receitas que foram compartilhadas coletivamente, estabelecendo desde o primeiro encontro a dinâmica prática que caracteriza o programa, que busca sensibilizar os profissionais para além do conteúdo programático, mas conectá-los com suas próprias histórias de vida.
“A troca de conhecimento junto com outros professores está sendo fabulosa. A receita que fiz hoje me remete a 40 anos atrás, quando eu ralava coco e cozinhava com a minha mãe, que vendia balas. Então, foi fantástico!”, comentou Paulo Afonso Leal Junior, professor da EMEF Anna Lamberga Zeglio.
Metodologia e parcerias

A formação contempla encontros distribuídos ao longo do semestre, na modalidade híbrida, com atividades práticas realizadas na cozinha da Faculdade de Saúde Pública da USP, além de aulas online. O programa busca capacitar professores, nutricionistas, cozinheiras escolares e gestores como multiplicadores dos conceitos de alimentação adequada e saudável, seguindo as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira.
Segundo Renato Gil, diretor da Divisão de Educação Alimentar e Profissional da Coordenadoria de Alimentação Escolar de São Paulo: “Há uma união entre sociedade civil, Poder Executivo e academia juntos na promoção da educação alimentar e nutricional nas nossas escolas. Neste segundo semestre, a gente segue com a formação dos professores do ensino fundamental, que compartilham esse conhecimento dentro das nossas unidades escolares, promovendo a discussão, o pensar reflexivo e o pensamento crítico em relação ao que a gente consome e o que a gente leva para a nossa mesa.”
Próximos passos
Os encontros seguirão até o final do ano, combinando conteúdo teórico com práticas culinárias usando ingredientes frescos e regionais. O objetivo é formar multiplicadores capazes de levar os conceitos de educação alimentar para suas respectivas unidades escolares, valorizando as culturas alimentares brasileiras e promovendo reflexões sobre alimentação saudável no chão da escola.